PGR acusa Josimar Maranhãozinho e Pastor Gil de liderarem esquema criminoso de comercialização de emendas parlamentares
A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusou os deputados Josimar Maranhãozinho (PL-MA), Pastor Gil (PL-MA) e Bosco Costa (PL-SE) de comandarem um esquema criminoso de venda de emendas parlamentares. Segundo a PGR, os três estavam “no topo” de uma organização que negociava ilegalmente recursos federais destinados às bases eleitorais.
De acordo com a denúncia, os parlamentares exigiram R$ 1,66 milhão em propina do então prefeito de São José do Ribamar (MA) em troca de direcionar R$ 6,67 milhões em emendas ao município. O relator do caso, ministro Cristiano Zanin, determinou que a denúncia seja levada a julgamento na Primeira Turma do STF, com data ainda a ser definida.
A investigação revelou provas contundentes obtidas pela Polícia Federal, incluindo anotações no escritório de Josimar Maranhãozinho sobre a cobrança de propinas e mensagens entre os envolvidos, detalhando dados bancários para o depósito dos valores ilegais. Em uma das mensagens, Josimar expressa preocupação pelo fato de a conta indicada estar no nome de Pastor Gil, o que poderia levantar suspeitas.
Segundo a PGR, o grupo negociou ao menos R$ 7 milhões em emendas, incluindo verbas destinadas à saúde. Operadores ligados aos deputados teriam pressionado e intimidado o prefeito de São José do Ribamar a aceitar o esquema, mas ele resistiu.
As defesas dos deputados alegam falta de provas e pediram a rejeição da denúncia, afirmando que não há descrição clara das condutas criminosas. No entanto, as evidências apresentadas pela PGR indicam uma rede organizada de corrupção com fortes indícios de pagamento e recebimento de propina.
O STF agora decidirá se a denúncia será aceita. Se confirmada, os parlamentares poderão responder pelos crimes de organização criminosa e corrupção passiva, ampliando o histórico de escândalos envolvendo o deputado Josimar de Maranhãozinho.
Do Folha do Maranhão.
Comentários
Postar um comentário