O vice-governador do Maranhão, Felipe Camarão, realizou nesta quinta-feira (4), uma live no Instagram com o ex-secretário de Transportes e deputado federal por São Paulo, Jilmar Tatto, uma das maiores referências nacionais em políticas de Tarifa Zero e mobilidade urbana. O encontro virtual abordou a viabilidade econômica, os impactos sociais e os caminhos para ampliar programas como o Passe Livre Estudantil e a Tarifa Zero no Brasil.
Durante a conversa, Jilmar Tatto destacou que a Tarifa Zero é uma política universal, voltada para todas as pessoas, que elimina a dupla cobrança ao cidadão, que hoje paga tanto por meio dos impostos quanto ao subir no ônibus. Segundo ele, 138 cidades brasileiras já adotam o modelo, com experiências consolidadas em diversas regiões, inclusive no Nordeste.
“A Tarifa Zero muda o funcionamento das cidades e o comportamento das pessoas. Estudos mostram que o comércio local cresce entre 30% e 40% onde ela é implantada. É uma bandeira fundamental para reduzir desigualdades e melhorar a mobilidade urbana”, afirmou Tatto.
Ele explicou ainda que cerca de 20% do orçamento das famílias brasileiras é destinado ao transporte, ficando atrás apenas da alimentação. Por isso, defende a criação de um Sistema Único de Mobilidade, com participação conjunta dos governos federal, estaduais e municipais, inspirado na lógica de financiamento do SUS.
Felipe Camarão ressaltou a importância da Tarifa Zero para São Luís. Lembrando que a cidade está situada em uma ilha conectada a outros três municípios limítrofes, o que exige uma visão metropolitana de mobilidade.
“Esse transporte hoje já é realizado por ônibus administrados pelo governo do Estado. Se conseguirmos estudar para viabilizar esse transporte gratuito, seria muito importante. Digo isso para São Luís e também para o transporte entre cidades próximas. É possível fazer, a exemplo de outras cidades do Brasil”, destacou o vice-governador.
A live, que durou uma hora, contou com uma audiência qualificada de diversas cidades do Maranhão, como Imperatriz e Açailândia. Tatto também lembrou que o espaço viário brasileiro ainda não é democrático, apesar de a Lei de Mobilidade Urbana estabelecer prioridades claras: pedestres, ciclistas, transporte coletivo e, por último, carros particulares.
“Politicamente, juridicamente e economicamente é viável fazer. Um mundo sem catracas é possível, já existe no Brasil e deve se expandir”, acrescentou Jilmar Tatto.
Ao final, Felipe Camarão agradeceu a participação e reforçou o compromisso com a pauta:
“Jilmar, é um orgulho tê-lo como referência nesse debate e como companheiro de Partido. Seguimos firmes na construção de um Maranhão e de um Brasil sem catraca”, concluiu Felipe Camarão.
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