Durante discurso na tribuna da Assembleia Legislativa do Maranhão, o deputado Leandro Bello (Podemos) fez duras críticas à presença e à influência da deputada Mical Damasceno (PSD) dentro do governo Carlos Brandão (PSB). Segundo ele, a parlamentar bolsonarista, que não apoiou Brandão nas eleições de 2022, tem sido amplamente agraciada com cargos no Executivo estadual, especialmente em áreas estratégicas da Baixada Maranhense.
“Ela se auto-intitula uma das líderes da direita no Maranhão, é eleitora declarada de Bolsonaro, não votou no governador, mas mesmo assim foi premiada com secretarias e cargos na região de Viana”, afirmou Leandro, em tom de crítica. O deputado ressaltou ainda que aliados históricos do governo e de Brandão estariam sendo deixados de lado, enquanto parlamentares de oposição, como Mical, ocupam espaços de poder.
Leandro Bello também denunciou a exoneração recente de Rodrigo Arraes, que ocupava a Secretaria de Representação Social do Governo do Estado. Segundo o deputado, a saída do aliado não foi explicada oficialmente, mas teria como objetivo abrir espaço para mais uma indicação ligada à deputada Mical. “Rodrigo Arraes é um homem de bem, de fé, que vinha realizando um grande trabalho. Foi exonerado sem motivo algum. E por quê? Para entrar mais uma pessoa ligada à deputada Mical”, disparou.
Com ironia, o parlamentar encerrou o trecho afirmando: “Tenho certeza que todo esse movimento que ela faz há 21 dias não é por cargos. Eu tenho certeza que não é isso…”.
A fala de Leandro expõe o incômodo de setores da base governista com o espaço conquistado por figuras que, mesmo sem apoiar Brandão nas urnas, hoje ocupam postos relevantes na estrutura estadual. O caso reacende o debate sobre coerência política, lealdade partidária e critérios na distribuição de cargos públicos.
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